Em resposta a Bolsonaro, revendedores de combustíveis negam que são os culpados pelo alto preço

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, é mais um representante do setor a rebater o presidente Jair Bolsonaro sobre as responsabilidades quanto aos altos preços dos combustíveis no país.

Em entrevista exclusiva à Itatiaia (emissora parceira da Rádio Vitoriosa) na terça-feira (21), Bolsonaro culpou o ICMS, imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços aplicado nos estados, e o lucro do revendedor pela disparada dos valores.

Nesta quarta-feira (21) o presidente da Fecombustíveis disse que a margem de lucro vem diminuindo ano a ano e que os maiores vilões são a carga tributária e a política internacional de preços, com alta do dólar e do valor do barril de petróleo. 

“Nos últimos 10 anos nossa margem caiu mais de 40%, esses dados são da Agencia Nacional do Petróleo. Nós trabalhávamos com 14,4% e hoje a média nacional está em 9,8%. Então não são os empresários do setor que provocam esse preço alto na bomba, tem pelo menos três fatores que fazem com que o combustível no Brasil seja caro” pontuou o presidente da Fecombustíveis. 

Paulo Miranda afirmou que a carga tributária no país é muito alta. “A gasolina hoje está na média de R$5,83 reais na bomba no Brasil inteiro, de acordo com a ANP e o diesel R$4,59 reais. Dentro desse valor a gasolina custa na refinaria da Petrobrás R$2,70 e o diesel custa R$2,81 aí vem o ICMS que na média Brasil é R$1,63 e o PIS/COFINS que é R$0,79 centavos. Tudo isso impacta no preço final” explicou. 

O presidente da Fecombustíveis também negou que haja um monopólio no transporte dos combustíveis como afirmou o presidente Bolsonaro na entrevista. “O transporte do Brasil não é mais monopólio a mais de 20 anos. Qualquer cidadão pode transportar seu produto assim como o GLP” enfatizou. 

Por: Rádio Itatiaia – emissora parceira da Rádio Vitoriosa

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