Evolução da produção e do número de empregados 50 Aumento Queda Os dados da Sondagem Industrial de julho mostraram elevação da produção pela terceira vez consecutiva e do emprego pelo 13º mês seguido, em linha com a melhora gradual da economia.
A utilização da capacidade instalada, embora tenha permanecido abaixo da usual para o mês, foi a mais alta para julho desde o início da série histórica mensal, em 2010. As indústrias encerraram o mês com os níveis de estoques abaixo do planejado pela 15ª vez consecutiva, reflexo da dificuldade na aquisição de matérias-primas.
Os industriais mostraram-se mais otimistas quanto à demanda, à compra de matérias-primas e ao número de empregados, e as intenções de investimento foram as maiores para o mês de agosto desde o início da série histórica do indicador, em 2014.
Vê-se, assim, que o progresso da campanha de vacinação contra a Covid-19 e a abertura mais ampla das atividades trouxeram expectativas positivas para os próximos meses, a despeito de alguns gargalos à recuperação econômica, como o aumento nos custos de produção, a alta taxa de desemprego e a aceleração inflacionária.
O índice de evolução da produção cresceu 3,8 pontos ante junho (51,7 pontos), alcançando 55,5 pontos em julho. O indicador ficou acima dos 50 pontos – fronteira entre recuo e elevação – pelo terceiro mês seguido, mostrando aumento da produção. Com o resultado, o índice acumulou expansão de 7,7 pontos em 2021 e permaneceu acima da sua média histórica (47,7 pontos). Em contrapartida, o indicador caiu 4,2 pontos frente a julho de 2020 (59,7 pontos).
O índice de evolução do número de empregados registrou avanço do emprego pelo 13º mês consecutivo, marcando 52,5 pontos em julho. O indicador cresceu 1,2 ponto em relação a junho (51,3 pontos) e 1 ponto ante julho de 2020 (51,5 pontos), sendo o mais elevado para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2011.
Utilização da capacidade instalada efetiva em relação à habitual avança
O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual avançou pelo terceiro mês consecutivo e marcou 49,4 pontos em julho. Apesar da melhora, o indicador sinalizou que as empresas operaram com capacidade produtiva abaixo da habitual para o mês, ao permanecer abaixo dos 50 pontos. O índice cresceu 1,6 ponto na comparação com junho (47,8 pontos) e 4 pontos frente a julho de 2020 (45,4 pontos), sendo o mais alto para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2010.
Níveis de estoques diminuem novamente
Apesar do aumento da produção, os estoques de produtos finais das empresas caíram pela quarta vez seguida, com indicador de 46,3 pontos em julho. As indústrias encerraram o mês com os níveis de estoques abaixo do esperado: o indicador registrou 46,5 pontos. Desde maio de 2020 os níveis de estoques permanecem abaixo do planejado pelas empresas, diante da dificuldade na aquisição de insumos e matérias-primas.
Expectativas para os próximos seis meses seguem positivas
O indicador de expectativa da demanda registrou 60,3 pontos em agosto, elevação de 0,4 ponto frente a julho (59,9 pontos). O índice sinalizou perspectiva de aumento da demanda pela 14ª vez consecutiva, ao ficar acima de 50 pontos – fronteira entre queda e avanço. Ante agosto de 2020 (60,9 pontos), o indicador caiu 0,6 ponto. O indicador de expectativa de compras de matérias-primas marcou 58,8 pontos em agosto, expansão de 1,5 ponto em relação a julho (57,3 pontos). O índice aumentou 1,1 ponto frente a agosto de 2020 (57,7 pontos) e foi o mais elevado para o mês desde 2010. O indicador de expectativa do número de empregados avançou 1,8 ponto entre julho (53,7 pontos) e agosto (55,5 pontos), sinalizando, pelo 14° mês seguido, perspectiva de aumento do emprego nos próximos seis meses. O índice cresceu 1,4 ponto ante agosto de 2020 (54,1 pontos), sendo o mais elevado para o mês desde o início da série histórica mensal, em 2011.
Intenções de investimento crescem
O indicador de intenção de investimento registrou 61,2 pontos em agosto, aumento de 3,5 pontos na comparação com julho (57,7 pontos). Em relação a agosto de 2020 (54,8 pontos), o índice cresceu 6,4 pontos, e foi o maior para o mês desde 2014, início da série histórica.