Casal encontra sacola de fezes no portão e é chamado de ‘pretos favelados’, em Uberaba

Uma idosa, de 89 anos, é acusada de deixar fezes de animais na calçada de vizinhos e chamá-los de “pretos favelados” no bairro Olinda, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, nesse domingo (24). Em relato à polícia, ela negou todos os crimes.  

Conforme boletim de ocorrência, uma mulher, de 25 anos, e um homem, de 55, estavam lavando a garagem da residência quando ouviram um barulho no portão. Ao abrir para verificar o que era, eles avistaram a idosa na calçada e uma sacola de plástico rente ao portão.

Neste momento, segundo eles, ela começou a chamá-los de “seus pretos favelados”, “preto vei chimbungo”, “pobres”, “seus passa fome”, “vagabundos”, dentre outras ofensas. Ao abrir a sacola, uma das vítimas disse ter encontrado fezes de animais domésticos.

O casal explicou à polícia que não é a primeira vez que a idosa tem esse tipo de atitude por causa de uma água com sujeira que escorre da residência. De acordo com eles, essa água é empurrada até a esquina para evitar que a porta da casa da idosa fique com sujeira.

Além disso, o casal destacou que a vizinha ainda construiu uma pequena barreira para impedir o deslocamento natural da água.

Questionada pela polícia, a suspeita explicou que toda vez que o casal lava a calçada ou garagem deixa sujeira na porta de sua residência, que eles usam sua lixeira indevidamente e que já pediu para eles não fazerem isso. Ela disse ainda que possui “idade avançada”, limitações na locomoção, mora sozinha e não tem condições de ficar fazendo limpeza diária.

A idosa também negou ter jogado a sacola plástica com fezes no portão dos vizinhos, pois não possui animal doméstico, e disse que não proferiu nenhuma injuria racial e ofensas contra eles.

Devido à idade, os militares entraram em contato com um dos três filhos da idosa para acompanhamento da ocorrência. Porém, ele disse que mora na zona rural e que não é possível comparecer ao local.

A Polícia Militar registrou boletim de ocorrência por injúria racial. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Por: Rádio Itatiaia, emissora parceira da Rádio Vitoriosa

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