Chuva não é suficiente para a limpeza de placas fotovoltaicas

Em 2024, aumentos sucessivos na conta de energia elétrica pesaram no bolso do consumidor. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionou a bandeira vermelha 2, a tarifa mais alta, que vai representar um adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

Uma das alternativas à oscilação tarifária e ao peso que o reajuste representa no orçamento do brasileiro é a geração própria de energia solar. De acordo com levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil tem até o momento mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos e soma cerca de 3,7 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia.

No entanto, para que a captação solar seja eficiente e represente ganho para o consumidor, o engenheiro Jayme Passos, especialista em sistemas fotovoltaicos, alerta para a limpeza e manutenção do equipamento.

A sujeira é responsável pela redução da irradiação solar absorvida pelas células que compõem os módulos fotovoltaicos, já que ela cria um sombreamento acima dos painéis. Em situações extremas, explica Jayme Passos, que responde pela Ecobrisa Energia, este sombreamento pode gerar pontos quentes nas placas que causam estresse térmico e contribuem para o aparecimento de microfissuras nas células, prejudicando o aparelho.

Em meados de 2018, acreditava-se que a chuva seria suficiente para limpar as placas fotovoltaicas. Além de a convicção cair por terra, as condições climáticas atuais, marcadas por altas temperaturas e ausência de chuva, reforçam a necessidade de manutenção e limpeza dos equipamentos.

Por: MXP Comunicação

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE