O Governo Federal promove o Dia D de mobilização nacional contra a dengue neste sábado (14/12). A iniciativa do Ministério da Saúde vai unir governo, estados, municípios, agentes comunitários e de combate às endemias, profissionais da saúde e a população brasileira para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença.
75% dos focos do mosquito, aproximadamente, estão nos domicílios, fato que evidencia a importância do cuidado doméstico na eliminação dos criadouros. Com isso, o Dia D de mobilização contará com campanhas de conscientização e engajamento da população em todo o país para prevenir os focos do mosquito, fortalecendo o responsabilidade coletiva na prevenção das arboviroses.
Para o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, com a chegada do período de chuvas, o aedes aegypti tende a aumentar sua proliferação, então o momento de prevenir é agora. “Nós queremos chamar a atenção da população como um todo. Este é o momento de prevenir uma potencial epidemia que poderia acontecer em janeiro ou fevereiro”, destacou Rivaldo Cunha.
A intenção da mobilização é que a população contribua com ações simples, como retirar de casa qualquer objeto que possa acumular água, ambiente que pode se transformar num foco de proliferação do mosquito aedes aegypti. Outra questão de vulnerabilidade tem relação com a coleta dos resíduos sólidos deixados de forma irregular, muitas vezes em terrenos abandonados ou pelas ruas.
“Quaisquer objetos, independentemente do tamanho, que possam acumular água, poderão se transformar num potencial foco de proliferação do mosquito. Desde uma tampinha de garrafa” reforçou Rivaldo Cunha.
Números da doença
Em 2024, foram contabilizados mais de 6,7 milhões de casos e 5.950 mortes por causa da doença. O sistema de saúde investiga se outros 1.091 óbitos tiveram a doença como causa. Para se ter uma ideia, no ano passado, foram 1.179 mortes pelo vírus, um número cinco vezes menor.
Neste ano, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná foram as unidades federativas com as maiores incidências da doença. Os picos ocorreram de fevereiro a maio, quando o país contabilizou mais de um milhão de casos por mês. O pior período foi março, com mais de 1,7 milhão de registros da doença. Neste ano, o maior número de pessoas diagnosticadas com dengue foi na faixa etária dos 20 aos 29 anos de idade.
Saiba como eliminar focos do mosquito da dengue
Todo cidadão já pode iniciar as ações de prevenção desde já. O Aedes aegypti se reproduz em água parada, que pode estar acumulada em itens pequenos, como uma tampinha de garrafa de refrigerante, e até mesmo em espaços maiores, como caixas-d’água. Por isso, é preciso que todos estejam atentos aos riscos e vistoriem, semanalmente, suas casas.
Confira 10 passos simples que ajudarão a você proteger sua família contra o mosquito vetor:
1) Tampe caixas d’água, ralos e pias;
2) Higienize bebedouros de animais de estimação;
3) Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;
4) Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;
5) Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
6) Coloque areia nos vasos de plantas;
7) Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;
8) Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
9) Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
10) Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Fique atento!
Em caso de febre, dor de cabeça, dores atrás dos olhos ou no corpo, náuseas e manchas na pele, procure imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico. Em caso de dengue, o uso inadequado de certos remédios pode agravar o quadro de saúde.
Com informações da Agência Brasil